Os movimentos que o planeta faz pelos embates políticos, certamente nos enclausuram numa penumbra misturada entre a dúvida e o ódio, a complacência e o horror, a protuberância do bicho-homem e o assassinato deste na terra dos poderosos.
O filme Em busca da Terra do Nunca simplesmente me faz pensar por que os nossos sonhos devem ser diluídos na sinterização da modernização do mundo globalizado.
A Terra do Nunca somos nós que devemos criar dentro dos nossos corações. Por isso, a vida é uma lei na qual ter felicidade por completo é estar imprudente diante de todas as mazelas existentes. Não é exatamente isso que se pode pensar e deixar acontecer. Infelizmente acontece no confronto dos nossos olhos com a realidade.
O mínimo é lutar contra a exaltação do desejo em firmar nas nossas peles de adultos voluptuosamente regurgitados por um sistema viciado a cada dia, de que os sonhos são destinados ao bem material e não mais aos simples sentimentos em conhecer algo bacana, talvez reviver a própria infância.
Hoje, entender que o presidente Bush exaltava seu sorriso por saber que o Irã seria o próximo “coitado” a ser engolido pela América viciada no embate ao terrorismo se torna normal, corriqueiro, babaca. Somos filhos da terra da paz e podemos descobrir dentro de cada um de nós, irmãos do bem, que devemos explodir as barreiras para a terra dos sonhos poderem brotar dos belos laços de bondade, e assim, a Terra do Nunca estará esculpida diante de cada ser humano rasgado pela intrépida poesia do tempo, que nos destina a vencer a cruel forma de embate contra a cor produzida pelo ácido macabro da inveja.
A dúvida é enfrentar essa desilusão mundial, em que é difícil, porém não impossível de ser enfrentada numa transmutação ímpar daquilo que desejamos tanto: o amor próprio implantado em todos os cantos do planeta, a produção do amor, a disseminação do amor como um lema, à vontade de tratarmos este planeta como a Terra do Nunca, onde nossos sonhos são visíveis por pessoas que descobrem que o amor está semeando a partir de cada ato que fazemos.
Nós temos a chance de transformar tudo num lindo jardim encoberto pelo céu azul do hemisfério sul. É a revolução do bem contra a espúria, os detentores da maldade, as cretinices dos criadores da fome e da desigualdade.
Nossas vidas soam como peças de teatro, possuindo uma linguagem única, sem ocultar nada. É a verdade, a beleza, a densidade das formas dos sentimentos ecoando nos nossos poros. Somos desbravadores da Terra do Nunca, pois em determinadas horas respiramos o poder em ultrapassar as paredes do destino que está sempre ao nosso lado, para desvendar a transcendência do mundo real, ali, naquele centro.
Os homens são pedaços de Peter Pan; nossas almas, Sininhos com feixes de luz; o Bush, o Capitão Gancho; a Terra do Nunca, a poesia que são as vidas daquele lugar; nossos sonhos são felicidades que salpicam em voos sobre cada criança e adulto.
Estamos reascendendo as crianças, o sorriso que está para inserir nos adultos a doce forma de viver. Embora a nossa cota seja acreditar que nossos sonhos são realidades na busca por um mundo, que seja transformado na Terra do Nunca, o melhor momento é quando vamos dormir, mantendo nossos olhos abertos e nossas mentes ligadas, pois estes sonhos surgirão destinados a cada um de nós apenas para integrarmos a Terra do Nunca.
Gustavo Werneck, o Ter acima do Ser
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