Fornecimento de 45 MW da SoEnergy será mantido só até 31 de dezembro, quando encerra o contrato da CEA com a Eletronorte para suprimento de 70% da energia consumida no Estado
Maiara Pires em 26/10/2012
Foto: Arquivo/aGaze |
CEA / Descumprimento de regras
contratuais por parte da
Companhia apresenta-se como
o principal entrave para que a
Eletronorte não continue
fornecendo energia ao Estado
A SoEnergy não
desligará as turbinas que fornecem 45 megawatts no dia 2 de novembro
quando encerra o seu contrato com a Eletrobrás/Eletronorte. No entanto, a
geração está garantida só até 31 de dezembro de 2012, momento em que
termina o contrato entre a subsidiária da Eletrobrás e a Companhia de
Eletricidade do Amapá (CEA), para suprimento de 70% da energia consumida
no Estado. Com isso, restarão apenas os 47 MW gerados pela Agrekko
mergulhando o Estado no maior apagão da história.
O racionamento do serviço foi provisoriamente equacionado porque “a diretoria da Eletronorte foi procurada pela bancada federal do Amapá e buscamos, dentro da legislação que rege os Sistemas Isolados, uma forma de renovar o contrato até 31 de dezembro”, informou ontem (25), o gerente regional da Eletronorte, Marcos Drago.
A empresa resistia em renovar o contrato com a SoEnergy embasada na referida legislação que prevê a contratação de energia elétrica por aumento de mercado através de licitação a ser realizada pelas distribuidoras, no caso a CEA. Mas, no início de 2011, a Companhia ensaiou uma recuperação e saneamento da estatal se comprometendo a pagar, em dia, as faturas vencidas da Eletronorte. E assim, garantir a renovação do contrato de 18 meses com a SoEnergy vencido em abril de 2011.
O racionamento do serviço foi provisoriamente equacionado porque “a diretoria da Eletronorte foi procurada pela bancada federal do Amapá e buscamos, dentro da legislação que rege os Sistemas Isolados, uma forma de renovar o contrato até 31 de dezembro”, informou ontem (25), o gerente regional da Eletronorte, Marcos Drago.
A empresa resistia em renovar o contrato com a SoEnergy embasada na referida legislação que prevê a contratação de energia elétrica por aumento de mercado através de licitação a ser realizada pelas distribuidoras, no caso a CEA. Mas, no início de 2011, a Companhia ensaiou uma recuperação e saneamento da estatal se comprometendo a pagar, em dia, as faturas vencidas da Eletronorte. E assim, garantir a renovação do contrato de 18 meses com a SoEnergy vencido em abril de 2011.
CaloteMas o que a Eletronorte
ganhou em troca do fornecimento de 45 MW por mais 18 meses completados
na semana que vem, foi um calote de R$ 93,6 milhões em suprimento de
energia, que faz parte do prejuízo total de R$ 298 milhões, registrado
apenas no balanço de 2011 da Companhia de Eletricidade do Amapá. E mais
R$ 79 milhões devidos até agosto de 2012 em geração do serviço.
Ou seja, ao contrário do que alega o Governo do Estado, de que foi avisado em cima da hora do risco de racionamento em função da saída de operação das turbinas de energia da empresa, os gestores tomaram conhecimento do problema ainda no ano passado e nada fizeram para evitá-lo. Sem contar nos inúmeros alertas do Sindicato dos Urbanitários (STIUAP), sobre o assunto.
Ou seja, ao contrário do que alega o Governo do Estado, de que foi avisado em cima da hora do risco de racionamento em função da saída de operação das turbinas de energia da empresa, os gestores tomaram conhecimento do problema ainda no ano passado e nada fizeram para evitá-lo. Sem contar nos inúmeros alertas do Sindicato dos Urbanitários (STIUAP), sobre o assunto.
ManobraDesde que o presidente
da CEA, José Ramalho, foi notificado pela Eletronorte no início de
outubro, sobre o vencimento dos contratos de suprimento de energia, o
Governo do Estado tem se mobilizado, em Brasília, para não licitar os 45
MW e conseguir que os contratos sejam mantidos até a conexão do Sistema
Elétrico do Amapá ao Sistema Interligado Nacional (SIN), prevista para
2013.
Mas o descumprimento de regras contratuais por parte da CEA, como o não pagamento da dívida que ultrapassa R$ 1 bilhão, apresenta-se como o principal entrave para que a Eletronorte não continue fornecendo energia ao Estado do Amapá.
Mas o descumprimento de regras contratuais por parte da CEA, como o não pagamento da dívida que ultrapassa R$ 1 bilhão, apresenta-se como o principal entrave para que a Eletronorte não continue fornecendo energia ao Estado do Amapá.
Fonte: http://jornalagazeta-ap.com/portal/?p=2&i=7709&t=Governo%20consegue%20empurrar%20apag%C3%A3o%20para%20janeiro
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