De acordo com a lei 9.504/97 e o calendário eleitoral/2012,
os partidos políticos tiverem até a data de ontem (05/07/12), para definirem os
seus candidatos a prefeito e a vereador para as eleições municipais que
ocorrerão em outubro próximo. Com a definição dos nomes o panorama eleitoral do
município de Laranjal do Jari se estabiliza. Surgiram novos candidatos e outros
recuaram para a vaga de vice compondo alianças. Entretanto, o que se observa é
que todos sonham em chegar ao poder executivo.
A “vaidade” e a “sede pelo poder” foi o ponto determinante
na formação das “chapas”, pouquíssimos dos pré-candidatos que se apresentavam
quiserem recuar para vice, o que fez com que uma cidade com pouco mais de 27
000 (vinte e sete mil) eleitores tivessem uma eleição com um total de 09 (nove)
candidatos a prefeito.
Manoel Pombo (PSB), candidato do Governador fechou aliança com o
Rogério Serrão (PT do B), que atualmente faz parte do grupo do governo estadual; Eliá Conrado (PSL),
candidato do ex- Presidente da Assembleia Legislativa – AP (afastado recentemente pela justiça), fez composição com o Pantoja (PRB); Elizeu Cardoso (PT), candidato
da vice Governadora e da Dep. Dalva
Figueiredo, compôs com o vereador Erivam Gomes (PC do B); Zequinha Madeireiro (PP), candidato
a sucessão da Prefeita Euricelia, teve como vice Nazilda Fernandes (PP); Bode
Queiroga (PDT) fez aliança com Ayton Nobre (PV); Barbudo Sarraf (PMN), teve como vice a Drª
Guilhermina (PMN); Irmão Tadeu (PTB), fechou com o Dr. Volney (PTB); Delegado Prata (PSDB) aliou-se com
Cleber Cardoso (PR) e de ultima hora surgiu o Dr. Ernesto (PPL) que ainda não definiu seu vice(até o fechamento dessa matéria).
Começa agora uma nova missão,
a conquista do voto. Em uma leitura mais ampla pode-se chegar à conclusão de
que serão oito contra um, ou seja, quem ficará na berlinda é o candidato à sucessão
de Euricelia Cardoso. Os que mais jogam pedra na administração municipal são
aqueles que usufruíram da gestão e esperavam ser indicados pela prefeita, ou
então gostariam de fazer alianças, porém não foram dignos de confiabilidade do
grupo, tanto é que partiram “sozinhos”, não conseguindo provocar “racha” no
grupo.
A possível aliança de PSB e PT também não aconteceu. O nome “pombo”
não teve aceitabilidade, nos bastidores da política local, ninguém queria ser o seu
vice. O PT por outro lado, tentando, camuflar o desgaste do GEA, lançou
candidatura própria. A candidatura que despertou suspense até o seu registro
foi a de Barbudo Sarraf, comentava-se que o candidato estaria “inelegível” por estar respondendo por crime de “improbidade administrativa” e “pedofilia”.
Sem vice, buscou nome de ultima hora na sua própria legenda.
Diante das alianças o que se aguardava ansiosamente seria a
definição da atual gestora, que pela 3ª vez consecutiva parte pra uma campanha
eleitoral sem alianças externas. Em sua primeira eleição o vice na época Irmão
Eliá o abandonou véspera da eleição, na reeleição novamente foi traída pelo
ex-deputado Mandi, (que indicou o vice pelo PV). E agora, a véspera de
uma nova empreitada estava tudo certo pra fechar com o PDT (do Bode Queiroga),
de repente, de uma hora pra outra o então candidato, como sempre, pulou para outro lado.
É importante lembrar que ser prefeito não pode ser visto
como uma “vaidade”. Mudanças acontecem e isso é bom, entretanto, ao votar, automaticamente,
o eleitor está entregando o poder aquela pessoa que vai pagar o salário do
servidor, administrar as unidades de saúde, as escolas e durante quatro
anos, o prefeito eleito, vai comandar o município.
Este é o momento para avaliar a postura de cada candidato.
Procurar saber a qual grupo pertence, quais os seus antecedentes políticos e ideológicos, o
que esse candidato já fez em prol do município e da coletividade. É inadmissível votar em
candidato que não tem Plano de Governo e não sabe nem pra onde fica Administração Pública. Lembro-me com precisão da última eleição pra governo do
Estado, o povo queria mudança, escandalizaram
em mídia nacional o governo da época, e, até hoje, nada foi provado, e o que se
instalou no Estado foi um governo que tem por base a repressão, a ditadura e a incompetência.
A educação está em greve desde abril, por não pagar o piso salarial do
professor. É caos na saúde, na segurança, enfim, o Amapá está mergulhado num
pântano profundo. Tudo isso, por um único fator, elegemos alguém que não tem competência
para negociar com as categorias, não sabe dialogar com as classes, e, principalmente,
desconhece o conceito de GESTÃO PÚBLICA.
Pense nisso...!