E
agora? O que fazer? 1º de agosto é dia de retorno às aulas. Meu filho deve ir
pra escola? Como fica a situação dos grevistas? E o prejuízo? Quem assume a
responsabilidade?
O Estado Democrático instituído pela
Constituição de 1988 foi resultado da consolidação de intensas lutas dos
movimentos populares. Durante a ditadura militar vários movimentos
revolucionários despontavam de norte a sul deste país.
A música, o teatro, a arte e
principalmente a escola foram fundamentais na conscientização da população para
dá um basta na conjuntura política opressora daquele período.
Criticar a opressão, condenar o
sistema imposto e deflagrar movimentos grevistas era caracterizado afronta aos
chefes de estado. Tortura era a principal punição aos líderes dos movimentos.
Os tempos mudaram: a democracia e a “anistia”
foram instituídas e os poderes foram conquistados pelos ex-líderes das
revoltas. Lula, Dilma, Fernando Henrique e até mesmo lideranças políticas do
Amapá são exemplos de pessoas que fizeram parte dessa história.
Parece que os tempos mudaram e as
concepções também. É surpreendente ver as universidades federais em greve há mais
de 50 dias e a Presidente da República, vítima da repressão, não atender os
clamores do seu povo. Várias capitais brasileiras em greve desde março/2012 e
os governos não dão uma resposta à população. A ordem é cortar o ponto dos
servidores, chama-los de irresponsáveis e subversivos.
E agora? O que fazer? 1º de agosto é
dia de retorno às aulas. Meu filho deve ir pra escola? Como fica a situação dos
grevistas? Desmoralizado, pois até então não houve nenhuma conquista. Em nosso
entendimento o único prejudicado tem sido os alunos, vítimas de um jogo
político entre chefes de estado e lideranças sindicais.
Tudo pode mudar, o tempo pode
passar, mas, a luta pelo exercício da democracia deve permanecer. A maior das hipocrisias
é “repetir hoje”, o que eu líder de movimento, “condenava ontem”.
INFELIZMENTE OS LÍDERES GREVISTAS DE ONTEM SÃO OS OPRESSORES DE HOJE
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