Mas quem
perde é a população!
De um lado o SINSEPEAP (Sindicato dos Profissionais da
Educação/AP) com a legítima razão em reivindicar o piso salarial da educação,
pois, é um direito amparado em lei federal. Uma luta que há décadas vem sendo
travada pela categoria a nível nacional e que infelizmente vários Estados da
Federação argumentam que não tem recursos para o cumprimento da lei, inclusive
o Estado do Amapá, que do outro lado, justifica que 15, 6% é o maior reajuste
que o Estado já concedeu aos servidores nos últimos anos.
Seria covardia e até mesmo falta de identidade profissional
na condição de professor nos posicionar contra a decisão da categoria em
deflagrar greve para conquistar esse direito. Entretanto, seria imprudência deixar
de compreender o panorama em que se encontra a educação no Estado no Amapá.
Quais os motivos do Governo em não conceder o reajuste de 33
%? Por que o sindicato reivindica somente 20%?
Parece obvio que ambos travam uma disputa que vão além dos
interesses administrativos por parte do governo e da representatividade por
parte do sindicato. É lei, para tanto, o governo é obrigado a cumpri-la, adequar-se
a nova regra.
Nesse sentido, estando amparados por lei, acreditamos que
entrar com uma ação judicial para obrigar o Estado a cumprir o que a lei determina,
certamente teria outro resultado. Infelizmente como já mencionamos parece que
os interesses políticos e a “vaidade” vão além da causa da educação.
O cidadão paga seus impostos para ter direito a uma educação
de qualidade (entre outros). O governo foi eleito para administrar o que é
nosso, assim como o sindicato está para representar a categoria e não para
travar uma batalha de promoção pessoal.
A sociedade espera uma decisão imediata, principalmente, da
parte dos que representam o poder público. É hora da manifestação popular.
Pais, alunos e comunidade precisam cobrar da Justiça, da Assembleia Legislativa
à resolução dessa situação, pois quem perde com esse cenário, são crianças e
jovens que estão com suas atividades escolares suspensas.
Se o governo não tem como pagar, que prove. Se os
professores estiveram errados que voltem para sua sala de aula. Que façam o
bloqueio das contas da educação e que se verifique quem está com a razão. O que
não pode, afirmamos mais uma vez, é nossas filhos ficarem sem aula.
Sinceramente, chega... Até quando teremos que vivenciar tais
situações. Nada justifica a desigualdade salarial. Um deputado, um juiz, um
senador, qualquer ocupante de cargo público, pode ganhar salários que variam de
R$ 5.000,00 a 20.000,00, ou mais, e um professor não pode ganhar um salário
mínimo de R$ 1.451,00?
Até quando??????
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