Em destaque: Laranjal do Jari – AP
Há 04 (quatro) meses, aproximadamente, para as eleições
municipais, os partidos políticos intensificam a manifestação de seus
pré-candidatos que possivelmente irão concorrer ao cargo de vereador e
principalmente ao de prefeito.
Em Laranjal do Jari-AP, não é diferente dos outros
municípios. Alguns pré-candidatos com propósitos reais e outros com o único
intuito e o “sonho” de ser prefeito e dispostos a pagar qualquer “preço” pelo
cargo. É visível a “sede” pelo poder e o despreparo de muitos que se apresentam
sem nenhuma proposta voltada para o desenvolvimento socioeconômico e
sustentável do município.
Em conversa com vários pré-candidatos não observamos
planejamento solidificado com princípios de gestão pública. E isso é
preocupante, pois, vivemos a era da tecnologia da informação, onde os meios
para solução de problemas da administração pública são resolvidos a partir de
conhecimentos de programas do governo federal. Como um gestor sem o mínimo de
conhecimento sobre os fundos que norteiam a saúde, a educação, assistência
social, infraestrutura e outros irão
pleitear recursos juntos aos ministérios do governo federal?
Na
conjuntura municipal formam-se quatro grupos: o da atual prefeita, do governo
do estado, da assembleia legislativa e o da oposição aos três primeiros grupos.
Parte do grupo da oposição formado por partidos pequenos e sem apadrinhamento
possivelmente negociará o cargo de vice, outros, acreditam que podem chegar à
reta final devido à prefeita do município não ir à reeleição, e o desgaste do
governo do estado e da assembleia legislativa estampado na mídia nacional e
principalmente devido à insatisfação da população de modo geral e dos
servidores públicos estaduais que a cada dia aumenta o quantitativo de greve.
Ressalta-se que a oposição,
dividida em grupos menores, espera confiantemente que a “lei da ficha limpa”
funcione nesta eleição e não permita o registro de candidatura dos quem tem
problemas na justiça. Com a lei da ficha limpa muda o panorama da oposição.
Para
muitos, o candidato do governo, já entrará derrotado, com o despreparo do PSB para
governar o estado acredita-se que não será diferente em nível municipal. Nesse
caso, ficará na berlinda o candidato da gestora municipal, que embora ainda não
tendo divulgado o nome do seu sucessor, já é alvo de vários ataques.
É
importante salientar que quem vai decidir o futuro da cidade são os eleitores.
Não existe “salvador da pátria”. Precisamos ter consciência que será o novo
prefeito que vai comandar o dinheiro público, garantir o pagamento dos
servidores, o reajuste salarial, merenda escolar, funcionamento das unidades de
saúde e principalmente, não desperdiçar os investimentos do governo federal
pleiteados pela atual gestão.
Antes
de votar é importante perguntar:
1.
O que este candidato já fez pela sua cidade?
2.
Qual a sua formação (grau de escolaridade)?
3.
Responde processo na justiça? (está inelegível?)
4.
Se já ocupou cargo público, prestou conta?
5.
Quais são as suas referencias?
Todavia, o prefeito, é um funcionário público, pago com o
“nosso dinheiro”, e depois de eleito deve lembrar que será o prefeito do
município e não de um grupo.
Quando fazemos essas observações é porque na condição de
educador há quase 20 anos nos preocupamos com diversos fatores. Laranjal do
Jari, hoje, é destaque no Estado do Amapá. Funcionalismo em dia, apto a receber
recursos, firmar convênios, e, possuidor de um canteiro de obras com investimentos
significativos do governo federal.
Enquanto em outros municípios prefeitos estão amarrados com
suas prestações de contas, Laranjal do Jari desfruta de inauguração de escolas,
bibliotecas, centros de saúde, porto hidroviário, prêmio de reconhecimento
público (SEBRAE) e outros prédios já entregues a população. O único município do Estado que não teve
problema com o piso salarial da educação, enquanto diversas prefeitura pagavam
em média R$ 900,00 à 1000,00, a prefeitura do Jari já despontava de 1400,00 para
o professor classe “A” e 1950,00 para o classe “C”.
Hoje, Laranjal do Jari precisa de urbanização (melhorias das
ruas da cidade), apesar de já está sendo iniciado esse processo, com certeza
será tarefa para o novo gestor dar continuidade.
É errado dizermos que votamos errado em determinado
candidato. Ninguém vota errado. Infelizmente o eleitor é enganado por promessas
de políticos trajados de cordeiro, mas que por dentro são verdadeiros lobos.
É preciso que o eleitor procure conhecer o partido político
do candidato, qual a sua trajetória, estatuto, perfil, enfim, o programa
partidário. Se o candidato não tem uma identidade partidária, se a cada eleição
muda de partido político, provavelmente esse candidato não tem personalidade
política e desconhece os princípios da ética e da moral.
Fiquemos atentos! A eleição 2012 se aproxima.