sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Podemos confiar nas informações das redes sociais?


É o questionamento que cada pessoa deve fazer ao ter acesso a uma informação. Antes de tecer qualquer comentário o leitor precisa analisar os fatos e sua legitimidade e principalmente, verificar a independência, a identidade e a seriedade do responsável pela informação.
A partir da retomada da liberdade de expressão, com a promulgação da Nova Constituição Brasileira (1988), e, consequentemente com o fim da “repressão”, cada cidadão tornou-se livre para falar o que pensa e dar suas ideias, elaborar uma crítica e participar ativamente do contexto social.
Entendemos que a informação é necessária e nesse sentido exige-se que seja vista, como responsabilidade social. Ao lermos um jornal, ou ao escutarmos um noticiário no rádio ou na TV,  logo, vimos como verdade e tão pouco questionamos, pelo simples fato de que por trás do rádio ou da TV existe uma equipe preparada para elaborar uma matéria, para simplesmente concordarmos com os fatos. A isso, chamamos de monopólio. São ideologias construídas a partir daquilo que nossa mente gostaria de ouvir.
Recentemente, o noticiário que marcou a região do Vale do Jari, veio via facebook. Foram críticas e comentários de diversos grupos. Visto que, a notícia, tendenciosa ou não, provocou a “ira” de uns, e “alegria” de outros. Ressaltamos que todos tem o direito de expressar seus sentimentos, entretanto, não podemos esquecer o respeito pela pessoa humana, dos princípios éticos e de uma moral, que sem dúvida deve imperar no mundo virtual, impresso, dentre outros. Se continuarmos a fazer uso das redes sociais com objetivos particulares e esquecermos a coletividade, a necessidade de anunciarmos os fatos como acontecem na sua integridade, perderemos o crédito de denunciarmos as arbitrariedades do poder público, a leviandade dos descumpridores da lei, dos que abusam de crianças e adolescentes, dos traficantes e etc. Perderemos o foco de formar para a cidadania e daremos mérito a fofoca e a mentira.
Precisamos entender que sempre vão existir grupos de direita e esquerda. Quem está no poder não quer sair. E quem está fora quer entrar. Parece até brincadeira. Mas quem tem um “contrato”, depende daquele salário para sobreviver. Poucos têm a coragem de pedir sua exoneração quando não concorda com atitude do chefe, do governo e/ou do prefeito. Valores como dignidade, respeito mútuo e solidariedade são eternos, o tempo não apaga e o “dinheiro” não compra.
Façamos do FACEBOOK, um espaço para interatividade, entretanto, não queremos aqui condenar A ou B, mas ressaltar que quando há uma polêmica na rede todos querem ter acesso. Porém é necessário atentar para algumas recomendações:
- assuma sua responsabilidade com a informação, identifique-se;
- não faça uso de “palavrões”, isso só demonstra sua ignorância;
- procure não tomar partido, seja neutro. Esteja a serviço da coletividade, da melhoria social;
- Divulgue a informação e deixe que os críticos analisem. O chamado “puxa-saco”, sempre se dá mal;
- Seja claro com suas ideias;
- Elogios e aplausos ficaram para a plateia. Se você pertence a alguma empresa, grupo ou partido, lembre-se: quem julga a qualidade do seu trabalho são os outros (a população);
            Assim sendo, podemos ou não confiar nas redes sociais?