terça-feira, 18 de outubro de 2011

Quem será o futuro prefeito de Laranjal do Jari?

2012 é um ano de eleição municipal e por incrível que pareça já estão praticamente definidos os candidatos que passarão pelo julgamento da população. Referimo-nos “julgamento”, por que é quem tem o poder de avaliar se o candidato é ou não merecedor do voto.
Candidatos a vereador serão centenas e ao cargo de prefeito acredita-se em mais ou menos seis candidatos. Tivemos a oportunidade de conversar com alguns que se manifestam como pré-candidatos. E no exercício da cidadania é importante comentar o assunto, visto que é de interesse de toda a sociedade laranjalense.
Os possíveis candidatos a prefeito de Laranjal do Jari:
Ayrton Nobre (PV), Delegado Prata – (PSDB), Barbudo Sarraff – (*), Bode Queiroga – (PDT), Irmão Eliá (PSC).
Vale ressaltar que o  PT – garante que nesta eleição apresentará candidatura majoritária,  embora o nome ainda não esteja definido, internamente disputarão as previas o Piricó (Presidente do Partido) e o Elizeu, presidente da COMAJA.
O PSB não tendo nomes para lançar candidatura própria, até mesmo pelo desgaste que vem passando, deu uma pausa com candidatura majoritária, entretanto, como se trata do partido do governo, provavelmente apresentará candidatura e/ou fará aliança com o PT, visto que a vice-governadora é do PT. Também teremos a candidatura que lutará pela sucessão da atual prefeita, dentre eles, a professora Noemia (PSL), Cleber Cardoso (*) e o vereador Zequinha Madeireiro (PP), ambos aguardando a decisão da autoridade maior.
Ser candidato é fácil, basta se filiar em um partido político, buscar um “padrinho forte” e partir para a campanha. Durante três meses de uma árdua trajetória caberá à população decidir quem assumirá o comando do município.
Críticas a atual gestão é o que não faltam, (problemas de limpeza pública, ruas em completo abandono, escolas em situações precárias, unidades de saúde com falta de médicos e medicamentos, obras inacabadas,  enfim, perdidos, sem planejamento estratégico de gestão, procurando direcionamento) porém, muitos anseiam o apoio.
Ressaltamos  que para ser prefeito a pessoa precisa ter domínio de gestão. Nos dias atuais não podemos votar por “vaidade”. Vivemos a era da biotecnologia. O mundo globalizado exige líderes políticos preparados, detentores de conhecimentos administrativos, sócio-ambientais, e econômicos. Eis a razão do grande atraso no crescimento econômico das regiões norte e nordeste. Temos um quantitativo alto de vereadores e prefeitos que não tem o ensino médio completo. Não queremos menosprezar a capacidade de ninguém, mas é importante atentarmos para esse detalhe que é imprescindível.
Afinal quem será o futuro prefeito? Com certeza  aquele que apresentar uma melhor proposta e que já tenha feito algo pela cidade.
O que gostaríamos de chamar atenção dos pré-candidatos é que antes de elaborarem os seus planos de governo que consultem a população, perguntem aos cidadãos laranjalenses o que gostariam que o executivo fizesse na cidade. Para que não corram o risco de pensar que fizeram tudo e o povo julgar que não fez nada. Eis aí um dos fundamentos da gestão. Fazer aquilo que a população precisa e quer que seja feito e não o que lhe vem na cabeça.
2012 será ano de eleição, ano de reflexão para decidirmos quem assumirá os poderes executivo e legislativo do município. É preciso muito cuidado na hora de votar. Pois, você eleitor, é através do voto, que delega poderes a quem vai administrar a sua cidade. Votar é coisa séria. Vamos aguardar!

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* não tivemos informações concretas de qual é o partido político

terça-feira, 11 de outubro de 2011

AO MESTRE COM CARINHO

15 de outubro
São muitas homenagens, felicitações.
Tem até outdoor: PARABÉNS PROFESSOR PELO SEU DIA!
Dia de festa, de alegria
De reconhecimento
Terá algum dia?
Não preciso de homenagem póstuma
Não preciso de piedade
Sou a realidade,
Trabalho pela verdade
Sou professor da transformação
Do sonho, do amor
Construtor, formador
Consciente da função
Por isso, sou contra lamentação
Viva o professor!
Aquele que faz a história acontecer
Aquele que faz o fato virar verdade
Aquele que está na greve, no sindicato, na associação
Que vota sim ou não
E com a sua manifestação
Faz a revolução
15 de outubro...
Chega de infame,
Não quero “aplausos”
Chega de “capacitação”
Sou professor
E como construtor
Ei de ver
Crianças contentes,
Famílias felizes
Sociedade transparente
Enquanto sonho por esse mundo melhor
Não quero outdoor...
Quero respeito... Não apenas no dia 15 de outubro...
Viva o professor!
O tio e a tia, o “fessor”...
Viva o educador, que mais do que um “doutor”
É mestre e não teme outros mestres
E acima de tudo

É simplesmente professor.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Não me apaixonei por você

Quando me apaixonei, não foi por você
Foi pelos seus dentes
Pelo seu cabelo, pelos vestidos que usava

Hoje, você só usa calças
Mudou o corte do seu cabelo
E agora me disse que vai usar aparelho nos dentes

E só agora me dou conta
Que eu não me apaixonei por você como imaginava
Pois você mudou
O você por quem me apaixonei não existe mais

E, mesmo assim, continuo apaixonado
Mesmo assim, te amo
Independente dos dentes, do cabelo e das roupas

Amo em você algo que não sei o que é
Não sei explicar o quê, mas amo
Acho que é você pura
Sua essência, sua alma

É por você, com ou sem complementos,
Que estou apaixonado
É você, esse todo, que eu amo

Não me apaixonei por algo que possa ser mudado
Quando me apaixonei, eu nem sabia,
Mas era mais que paixão física
Era por uma mulher completa, plena, mais que corpo
Era mais que atração ou desejo, era amor

Corpo e alma, sorriso e dor
Irritada e calma, calça e vestido
Você
Spinelli, Alexandre. Você já escutou o silêncio?.  Sabará MG, 2009.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Podemos confiar nas informações das redes sociais?


É o questionamento que cada pessoa deve fazer ao ter acesso a uma informação. Antes de tecer qualquer comentário o leitor precisa analisar os fatos e sua legitimidade e principalmente, verificar a independência, a identidade e a seriedade do responsável pela informação.
A partir da retomada da liberdade de expressão, com a promulgação da Nova Constituição Brasileira (1988), e, consequentemente com o fim da “repressão”, cada cidadão tornou-se livre para falar o que pensa e dar suas ideias, elaborar uma crítica e participar ativamente do contexto social.
Entendemos que a informação é necessária e nesse sentido exige-se que seja vista, como responsabilidade social. Ao lermos um jornal, ou ao escutarmos um noticiário no rádio ou na TV,  logo, vimos como verdade e tão pouco questionamos, pelo simples fato de que por trás do rádio ou da TV existe uma equipe preparada para elaborar uma matéria, para simplesmente concordarmos com os fatos. A isso, chamamos de monopólio. São ideologias construídas a partir daquilo que nossa mente gostaria de ouvir.
Recentemente, o noticiário que marcou a região do Vale do Jari, veio via facebook. Foram críticas e comentários de diversos grupos. Visto que, a notícia, tendenciosa ou não, provocou a “ira” de uns, e “alegria” de outros. Ressaltamos que todos tem o direito de expressar seus sentimentos, entretanto, não podemos esquecer o respeito pela pessoa humana, dos princípios éticos e de uma moral, que sem dúvida deve imperar no mundo virtual, impresso, dentre outros. Se continuarmos a fazer uso das redes sociais com objetivos particulares e esquecermos a coletividade, a necessidade de anunciarmos os fatos como acontecem na sua integridade, perderemos o crédito de denunciarmos as arbitrariedades do poder público, a leviandade dos descumpridores da lei, dos que abusam de crianças e adolescentes, dos traficantes e etc. Perderemos o foco de formar para a cidadania e daremos mérito a fofoca e a mentira.
Precisamos entender que sempre vão existir grupos de direita e esquerda. Quem está no poder não quer sair. E quem está fora quer entrar. Parece até brincadeira. Mas quem tem um “contrato”, depende daquele salário para sobreviver. Poucos têm a coragem de pedir sua exoneração quando não concorda com atitude do chefe, do governo e/ou do prefeito. Valores como dignidade, respeito mútuo e solidariedade são eternos, o tempo não apaga e o “dinheiro” não compra.
Façamos do FACEBOOK, um espaço para interatividade, entretanto, não queremos aqui condenar A ou B, mas ressaltar que quando há uma polêmica na rede todos querem ter acesso. Porém é necessário atentar para algumas recomendações:
- assuma sua responsabilidade com a informação, identifique-se;
- não faça uso de “palavrões”, isso só demonstra sua ignorância;
- procure não tomar partido, seja neutro. Esteja a serviço da coletividade, da melhoria social;
- Divulgue a informação e deixe que os críticos analisem. O chamado “puxa-saco”, sempre se dá mal;
- Seja claro com suas ideias;
- Elogios e aplausos ficaram para a plateia. Se você pertence a alguma empresa, grupo ou partido, lembre-se: quem julga a qualidade do seu trabalho são os outros (a população);
            Assim sendo, podemos ou não confiar nas redes sociais?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O CONCEITO DE CULTURA EM UMA VISÃO DE MUNDO


A canção latino-americana “Fala América Latina pelas nossas tradições são os mitos, são as danças, são as lendas e canções. Nosso jeito de amar, nossa maneira de viver, são heranças que a gente nunca pode esquecer... Fala América Latina diz ao mundo essa verdade, que a cultura de um povo é sua identidade, é a luta, é a história, é a vida, é a razão, uma planta sem raiz, é corpo sem coração...”  traduz de maneira clara o conceito de cultura, palavra que vem do latim, cujo, significado  é de cultivar o solo, cuidar.
Entretanto, cultura é um termo com várias acepções, em diferentes níveis de profundidade e diferente especificidade. São práticas e ações sociais que seguem um padrão determinado no espaço. Se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e identifica uma sociedade. Explica e dá sentido a cosmologia social, é a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período.
Estudar cultura é necessário considerar que existe uma diversidade cultural e nenhuma cultura é superior a outra. Não existe resgate cultural, pois ela é  dinâmica e se transforma na medida em que a sociedade evolui. Nesse sentido, afirmamos que a cultura sobrevive as mudanças sociais, sendo determinante no processo de explicação das relações sociais, pois é nessa diversidade cultural, que se entende  as diversas formas de relações humanas, ao que se refere na elaboração de conceitos, modo de pensar, estabelecimento de normas morais, enfim, é através da cultura que a socieade se transformar, emancipa-se e constitue-se de acordo com os seus anseios.

OS CONCEITOS DE POLÍTICA, DEMOCRACIA E CIDADANIA NOS TEMAS ATUAIS


(NO CASO BRASILEIRO)
O escritor Lima Barreto proferiu a seguinte frase: “O Brasil tem povo, tem público”, e infelizmente temos que concordar com essa afirmativa, pois essa é a realidade da  atual conjuntura brasileira. Povo pode ser classificado como o número de pessoas que compõe a sociedade, são os indivíduos que habitam num determinado espaço geográfico. E o público é aquele que assiste o espetáculo dos líderes políticos do país.
            O povo é manobrado ideologicamente pelos sistemas de comunicação e pelas estruturas de dominação do estado e por aqueles que governam. As ações dominantes acontecem como um show. No cenário político, jurídico e administrativo do país são  escândalos, fraudes, corrupção e desrespeito ao cidadão que fazem do espectador, o público brasileiro, apenas aplaudir e pedir que o filme seja repetido, quando os elegem novamente para um novo mandato.
Vivemos num tempo em que as grandes lideranças públicas perderam sua credibilidade, um período de revoltas e angústias de uma população que estabeleceu norma e conduta moral para se viver numa sociedade onde as partes se respeitassem, um momento de profundas reivindicações que exigem mudanças de atitude e comportamento e que seja dado um basta na banalidade como vem sendo tratada a coisa pública, eis a razão pela qual a política perdeu o seu sentido de uma simples polis organizada, para uma variedade de interpretações de descrédito, leviandade e sujeito de manobra.
A população brasileira atribuiu poderes aos seus governantes, criou códigos, leis e normas, obedeceu a uma idéia de que se fazia necessário a representatividade pública e através do voto elegeu seus representantes. Claro, isso não se deu de uma hora para outra e nem tão pouco de maneira consciente e com a participação de todos. Entretanto, de forma geral, foram estas normas que se estabeleceram. Vale ressaltar que ao longo dos anos esses acordos nunca foram cumpridos e o que tem prevalecido são decepções e angústias de uma população frustrada com aquilo que criou.
As conquistas obtidas na política deste país que aconteceram nas últimas décadas se deram por reivindicações e greves, o que não seria necessário se todos cumprissem o seu papel.
A política que teve sua origem no mundo grego, como símbolo de uma cidade organizada, a chamada polis, hoje recebe várias denominações e nenhuma que abone o seu verdadeiro sentido. O fato é que os que fazem a política, tão pouco, têm o entendimento do que seria política e qual a sua função. Utilizam do poder estabelecido para fins particulares, até por que a própria população também tem uma parcela de culpa, pois é ela quem elege. Infelizmente o voto, deixa de ser democrático e se torna voto de “cabresto”,  quando troca o voto por favores que o Estado lhes oferece.
Nesse sentido, a política ganha o seu descrédito e para os que estão no poder ou se beneficiam do poder público torna-se maravilhoso, pois se a população não participa os grupos oligárquicos continuam se beneficiando.
As mudanças nesse cenário político só acontecerão a partir do momento que cada cidadão consciente comece a exercer sua cidadania e faça prevalecer na política o seu verdadeiro sentido, que é de organização, discussão e que visa sempre o bem estar da coletividade.
           Entendemos democracia como um processo de eleições diretas e participação popular, assim como, liberdade de pensamento e de expressão, contrário do autoritarismo que é um regime de governo onde não há eleições, nem partidos políticos.
       No Brasil, democracia e autoritarismo sempre foram vistos como algo que se realizam na esfera do Estado. Desde já, convém afirmarmos que a democracia na sua essência não existe, pois, a partir do momento que se cria a regra, ela deixa de ser democrática. É conveniente afirmar que no Brasil sempre existiu a ditadura social, pois todas as formas de poder são hierárquicas, onde uns mandam e os outros obedecem.
Na nossa sociedade a igualdade social não é vista como um direito de todos. O que prevalece é o racismo, a discriminação religiosa e a desigualdades econômicas.
Vivemos numa sociedade onde as classes sociais são dividas, umas tem privilégio e outras não e nessa perspectiva, convenhamos sintetizar que a democracia é apenas uma farsa, uma utopia pra quem sonha com direitos iguais, justiça para todos e que um dia patrão e empregado irão “comer no mesmo prato”.
            Assim sendo, democracia e cidadania na contemporaneidade são palavras da moda. Nunca se falou tanto de participação democrática, exercício da cidadania e política pública voltada para a coletividade como se tem falado nos dias atuais. Seja por uma necessidade de mudança de paradigma, ou pela continuidade de manipulação dos direitos do cidadão, ou até mesmo devido à expansão dos meios de comunicação social.